domingo, 12 de agosto de 2007

Saneamento Básico - O filme

'' O que é ficção?''
(personagem de Fernanda Torres, no filme)




Voltava para casa, pouco depois das dez da noite. Era mais uma noite de domingo, regada a cineminha, seguido de café no Bistrô do Fábio. De repente estava rindo sozinha. Aquela cena com a Camila Pitanga... A seqüência veio inteira a minha mente. Ri, gargalhei sozinha no carro enquanto dirigia para casa.
Acabara de assistir Saneamento Básico, de Jorge Furtado. Não me considero suspeita ao comentar o cinema de Jorge Furtado, porque embora não me lembre de algum filme dele que me tenha chateado, não sou exatamente uma super fã. Gosto do trabalho dele, e isto é tudo. Ou era. Depois de Saneamento, minha relação com o cineasta gaúcho já não é a mesma. Leitores, eu amei o filme.
Poderia escrever parágrafos e parágrafos sobre diversos aspectos que me chamaram a atenção na película . Poderia consultar os especialistas e fazer uma crítica cinematográfica. Não é o caso, até porque sou mera expectadora apaixonada de cinema. O fato é que há muito não me divertia tanto. Há um humor fino, mas há mais. Há poesia no ar durante todo o tempo de projeção. A trilha sonora ajuda a emoldurar as cenas mais líricas do filme, fazendo o expectador viajar numa saudade de algo que nunca viu ou viveu. Saudade não sei de quê, não sei de quando, não sei de onde. Talvez os gaúchos saibam, eu, nordestina que sou, não soube.
Mais que tudo o filme trouxe respostas ainda não muito elaboradas a questões que venho propondo nesse espaço há vários meses. Preciso amadurecer a percepção para compartilhar com vocês. Tive insights para a velha pergunta: Por que ser um par? E isso me fez muito bem, não sei se sou eu que estou amadurecendo as idéias ou se foi o roteiro que me balançou, certo é que vi os pares com um olhar menos cético, quase doce. Como ainda não elaborei, deixo para a próxima. Entrou por uma porta, saiu pela outra, quem quiser que conte outra!





Maria Cláudia Cabral
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