quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Mídias ambientais também têm seu preço.


Cada vez mais cresce o número de jornalistas e outros profissionais que se interessam pela divulgação de temas ambientais, a conscientização ecológica alastra-se pelo universo da comunicação. No entanto, as mídias são verdadeiros problemas para os profissionais que pensam ambientalmente.
As pautas ambientais sofrem todo tipo de resistência, retaliações e, como não poderia deixar de ser, divergências entre os modelos implantados pelas cartilhas econômicas ortodoxas que reproduzem a mentalidade de países industrializados. As mídias ambientais produzem uma quantidade enorme de informação, mas acabam sendo obrigadas a pesquisá-la, traduzi-la, estudá-la, para reduzir tudo isso e enquadrar no espaço pequeno que lhe é disponibilizado na grande mídia. Quando conseguem um espaço maior, esse é disputado a tapas com as pautas convencionais nos cadernos de economia, ciência, agricultura, entre outros.
A falta de mídias especializadas deriva de um modelo jornalístico que acompanhou toda evolução do capitalismo. O público precisa de informações rápidas, úteis e em rápido prazo. Não há mais o interesse por avaliação de temas e por isso os profissionais da comunicação não tem mais o compromisso de educar e conscientizar. E quando nos referimos a uma mídia especializada, como são as mídias ambientais, estamos, em primeiro lugar, nos posicionando como "educadores". Aqueles que formarão quadros para liderar, estimular e orientar jovens para assumir responsabilidades e representar as futuras gerações.
O jornalismo diário é essencial para o mundo de hoje, principalmente para oferecer empregos para todos os que estão aí, saindo das faculdades e procurando oportunidades para estarem na mesma pirâmide social que o atual modelo de consumo aspira. No entanto, é necessária a existência de mídias especializadas, principalmente as ambientais, elas procuram no seio das redes eletrônicas a estratégia para suas organizações, a fim de implantar um modelo econômico sustentável.
Para quem ousa participar, ou mesmo incentivar veículos de comunicação especializados, há muito a se fazer, uma vez que todo modelo que vigora foi construído sobre uma perspectiva ultrapassada, com as necessidades de consumo, velocidade extremamente rápida e capacidade de se obter a matéria prima extraída predatoriamente do meio ambiente.
A mídia ambiental é uma potencial forma de fomentar uma economia sustentável. Seus profissionais muitas vezes pagam e, na maioria dos casos, com voluntarismo, boa vontade, compromisso e abnegação para verem a consolidação e a democratização da informação ambiental. Tudo isso porque os amantes da ecologia acreditam que só uma revolução sócio-ambiental pode dar uma nova chance à sobrevivência e a boa vivência da humanidade.

SEU JEITO DE OLHAR

Com um olhar mais atento
Verá o Planeta em agonia
Verá a vida ameaçada
Verá destruição da ecologia
Verá água e ar contaminados
E entenderá a minha teimosia

Q seu olhar, atinja seus sentimentos
Q sua reação seja de preservar
Q assumas compromisso pessoal
O que foi destruído ajude a recuperar
Q o meio ambiente seja protegido
Q seja cidadão, o seu jeito de olhar
Para que as flores não sejam de papel
arvores não deixem de existir
Para que a vida prevaleça no amanhã
A consciência precisamos difundir
Para que os animais não sejam dizimados
Precisamos urgentemente reagir

Sem amor não haverá sensibilidade
Sensibilidade é condição para o agir
Sem o respeito à diversidade da vida
O equilibrado, não vamos conseguir
Se o homem não parar para pensar
Que aguarde
O pior está por vir

Virgilio - Ecologista

Eula Lôbo
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