domingo, 26 de agosto de 2007

“Síndrome do Fantástico”... meu convite...

“Assim será!” (M. Gorki - 1907)

Depois de duas pequenas viagens pessoais, em universos próprios (dia dos pais, S. Ardigam, Pernambuco, os “pais da Rua de Baixo”), mas sempre atento aquilo que nos move no dia-a-dia e que também vinha sendo o pano de fundo central de minhas reflexões mais anteriores (os valores da humanidade – ou mulharanidade), venho apresentar-lhes um pequeno texto, fantástico, profundo, atualíssimo (mesmo que escrito no início do século passado) e que, no mínimo, contribuirá com reflexões que todos nós, bem possivelmente, estamos fazendo ultimamente, muito ou não.

Mas, como ninguém fala de lugar nenhum, o micro-tempo-espaço desta reflexão tem, dentre outros, o seguinte acontecimento: Sexta-feira, 17 de agosto. Após sua passagem e manifestação ao “Ato Público do Cansei”, a apresentadora Hebe Camargo “se enfia no carro e é cercada por uma fã, que implora a atenção da apresentadora. Indiferente ao apelo, o segurança limpa o capô antes de partir” (Carta Capital nº 459, página 21).

Eis minha lembrança literária:

“- Nós somos revolucionários e assim seremos enquanto houver alguns que apenas mandam e outros que apenas trabalham. (...) A propriedade exige um esforço demasiado grande para se defender e, na realidade, vós todos (...) sois mais escravos do que nós; a vós, escravisaram-vos o espírito; a nós, o corpo. Não conseguireis libertar-vos do julgo dos preconceitos e dos hábitos que vos matam moralmente; a nós, nada nos impede de sermos interiormente livres. (...) Arrancastes o homem da vida e esmagaste-lo; o socialismo unirá o mundo destruído por vós num único todo grandioso”.

Há quase exatos 100 anos, Máximo Gorki, em sua obra “A Mãe”, convidava-nos a sermos revolucionários... Há quase exatos 100 anos, sua obra, mesmo que mea-ficção, parece-nos absolutamente atual e real.

Eu não cansei! E convido-os a não cederem à impressão de fadiga social que a imprensa, a mídia atual e seus coronéis da comunicação procuram ecoar em horários nobres ou não... Convido-os a serem revolucionários!

Marcelo “Russo” Ferreira

Ps: O Livro “A mãe” está reeditado na íntegra pela Editora “Expressão Popular”, além de inúmeras obras fantásticas... eu recomendo. Ah! E não se esqueça: se usar essas meias e esquisitas palavras por aí, divida o crédito comigo, tá?

2 comentários:

Anónimo disse...

Marcelo, nas épocas remotas de MEEF dei de presente este livro para A minha Mãe. O objetivo era mostrar que meu desejo de ser revolucionária não deveria machucá-la. O livro deve servir de alimento para traças desde então.. e após outras tentativas... eu cansei. Mas admiro sua invencibilidade. Afinal, como já nos ensinava Brecht, pessoas como tu são imprescindíveis.
@>--'--

Sacha Lidice disse...

Isso mesmo, somos incansáveis...