Nestes últimos dias venho pensando e registrando tanta coisa, tantas idéias, tantos planos que acho que, neste novo artigo de “Síndrome do Fantástico”, parece que estou vivenciando aquela velha história de “Síndrome de Fim de Ano”...
Muita gente começa a pensar em um monte de coisa, a fazer um monte de planos, e terminar isso, começar aquilo, esquecer de vez aquelas situações e/ou pessoas etc.
Bom... eu acho que não fugi muito a essa quase regra:
Pensei se vou continuar a falar de nossa mídia quase toda semana, principalmente quando a gente vê as incoerências de seus discursos. Principalmente quando ela cria uma tal de “Central de Boatos” quando, na verdade, não é muito séria e verdadeira, nem mesmo com os “não-boatos”.
Pensei e continuar estudando tanto a literatura que me agrada (principalmente José Saramago) quanto os teóricos revolucionários, ao mesmo tempo em que procuro me esforçar para ler os contraditórios, os diferentes, os divergentes e os antagônicos.
Pensei na música que escuto e se vou finalmente me render aos mecanismos de baixar músicas sem custo, ao invés de ficar pesquisando e comparando preços de CD’s (ou esperar mais um tempo, para que os preços fiquem realmente baixos e, portanto, justos). Aliás, pensei por onde vou retomar minhas pesquisas, aquelas em que adquiro aquilo que não conheço (como costumo fazer para acessar a “música popular africana” e algumas coisas do rock progressivo).
Pensei nos amigos e amigas, aqueles/as que estão aqui perto e os que estão longe, aqueles/as os quais até consigo ver vez por outra, por conta de uma viagem e aqueles/as que sempre torço para um dia, sem mais nem menos, reencontrar, nos lugares e momentos mais impensáveis.
Pensei no violão e no baixo que tenho em casa e que ainda não criei aquele ritmo de outros tempos, em que tanto tocar uma música quanto compô-la era algo que não se perdia, e hoje ainda tenho que “estudar” as antigas melodias, algumas já apresentadas neste espaço.
Pensei em trabalho, em militância, em princípios, em “jogar no time”... ou o “time me querer no time”.
Pensei no Andarilho... Pensei no “precinho”... Pensei nas crianças do MST.
Pensei (ai! ai! ai!) no novo Big Brother que vem por aí e o que realmente isso significa em nossas vidas, mesmo quando, literalmente, execramos essa baixa mas profunda organização da mente coletiva humana na construção da uma óbvia legitimação da vigilância alheia.
Pensei em minha saúde... em meu “cobertor de orelha” (ainda descoberta)... em meus silenciosos atos de solidariedade... e em meus enfrentamentos...
Pensei na família tró-ló-ló (foi mal, tia)... e na saudade que tenho dela, daqui do Planalto Central.
Pensei em nós... Pensei em outra sociedade, verdadeiramente justa e igualitária... Com valores de trabalho coletivo profundos e invencíveis...
Pensei que ainda há muito o que fazer...
Você pensa em que?
Vida Longa...
Obs.: cada um com seus pensamentos, idéias e projetos... esses são meus, mas agora não são mais... Mas que possam ser lembrados se utilizados, ok?
2 comentários:
Caro Marcelo,
Pensei em opinar sobre o teu pensar.
Pesando vc me fez pensar em tantos outros pensamentos que só posso dizer que esse teu pensar nos provoca um pensar sobre o quanto é importante pensar. Em especial pensar em cada um desses teus pensamentos.
Muito bom.
Com pernambucanidade
Tereza França.
Marcelo,
Que teus pensamentos possam iluminar gestos e gestas.
Um feliz recomeço a cada dia, muita paz e luz!
Um forte abraço,
Luciana.
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