“Marchar é mais do que andar
É mostrar com os pés o que dizem os sentimentos
Transformar a quietude em rebeldia
É traçar com os passos o roteiro
que nos leva à dignidade sem lamentos”
(Marchar e Vencer – Ademar Bogo)
Essa semana que passou, por conta das inúmeras atividades em torno das “comemorações” da Semana Nacional do Idoso (que culminou com o seu Dia Oficial – 1° de outubro), acompanhei um Seminário sobre o Idoso que aprofundava o tema deste ano: Envelhecer com dignidade.
Em uma das mesas que acompanhei, lá estavam 62 anos de militância: Clara Charf, viúva de Carlos Mariguela.
Nesta mesma semana, recebo pelo correio um presente de minha Tia Hânya: a partitura e a letra (em tcheco, alemão, francês e inglês) da “Marcha da Juventude Democrática”, de 1947. Algo que o www.google... não localiza, não encontra, não entende.
Nestas últimas semanas, sentei numa mesa de bar e pedi uma cerveja. Quatro jovens do Planalto Central – Plano Piloto (acho) estavam sentados em duas mesas ao lado. “O maior kaô”, “o cara era chapado, mano”, “a festa hoje é na Tenda”, “só...”, “então...”. mas também visitei um assentamento do MST na Paraíba, para acompanhar a formação de jovens agentes que trabalham em coletivos de esporte e lazer. Lá escutamos, sim, Kalipso... Mas também falamos de conjuntura, de educação, de Paulo Freire, de trabalho coletivo, de organização, de direito... jovens camponeses.
Hoje, escutei Arnaldo Jabor na CBN... “esses belcheviques ultrapassados, que vociferam o socialismo que já ruiu...”.
Essas semanas eu pensei nos hinos que aprendi e o quanto eles nos são importantes, o quanto eles são atuais, o quanto eles são verdadeiros.
“Em todos os lugares a juventude está cantando a canção da liberdade (...) Nós somos a juventude e o mundo clama por nossa canção da verdade” (Marcha da Juventude Democrática tcheca).
“Avante sem receio / Que em todos nós a Pátria confia / Marchamos com alegria, avante! Marchamos sem receio. / Aqui não há quem nos detenha / nem quem turve a nossa galhardia. / Quem nobre missão desempenha / Temer não pode a tirania, a tirania”. (Avante Camarada – Antonio Sarno – por ocasião da marcha da Coluna Prestes).
“Somos o povo dos ativos / Trabalhador forte e fecundo. / Pertence a Terra aos produtivos, / Ó parasitas, deixai o mundo!/ Ó parasita que te nutres / Do nosso sangue a gotejar, / Se nos faltarem os abutres / Não deixa o sol de fulgurar! / Bem unidos façamos, / Nesta luta final, / Uma terra sem amos / A Internacional!” (A Internacional).
“Vem, lutemos! / Punho erguido / Nossa força nos leva a edificar. / Nossa Pátria, Livre e Forte / construída pelo poder popular” (Hino do MST).
Vida Longa aos Lutadores do Povo!
Vida Longa!
Marcelo “Russo” Ferreira
Obs.: Os direitos autorais, neste texto, tem muito pouco de minha pessoa. Mas se o artigo de hoje contribuiu com sua história, citar-me é apenas um detalhe.
5 comentários:
Envelhecer com dignidade
Manso ,ontem fizemos um trabalho que poucos estão fazendo até então:1 curso pra tentar reciclar a tolerância,o respeito,o amor ao próximo,nos nossos jovens "'cuidadores"de idosos,que mais e mais ñ cultivam a galhardia(adoro essa palavra[rsrs])de viver em sociedade.
Valerá sempre contribuir pra essa grande luta,erguer essa bandeira,que parece pesada,mas o peso vejo que vem de nossos espíritos talvez por acreditar que no nosso futuro ñ existirá VELHICE,que seremos eternos jovens.A luta é pra mostrar a esses ,que essa velhice pode ser plausível de DIGNIDADE.
cONTINUEMOS A LUTA PARA OS QUE ACREDITAM NA CONTINUIDADE!
Olá...Gosto muito de seus artigos,e acho muito interessante os assuntos abordados nele.
Espero que continue sempre com este trabalho,contribuindo assim para uma melhoria da leitura e compreensão sobre alguns aspectos que ocorrem no nosso dia-a-dia.
ei ta mano pra ter a sabedoria de um velho sábio, abraços e parabens por clarear nossos pensamentos a cada texto que escreve.
marcelinho
Boa parte dos comentários que recebo vem por e-mail. Normalmente os guardo. Mas resolvi reproduzir um trecho que outro hino que uma amiga do Pará me enviou. Trata-se de uma canção do sindicato dos trabalhadores rurais: "Companheiros, Companheiras que trabalham de enchada na mão, vamos juntos serremos fileiras, nossa força é a nossa união"
Marcelo,
Lhe mando uma outra parte da letra que também eu gosto muito: "No campo viver sem terra é padecer,
Ela o sague que nos dar força para vencer.
Suor e terra viva a aliança na construção da esperança,
No bem de todos somos nós.
Defendemos ardoroso o nosso chão e nossa produção,
Lutaremos destemido, na Corrente Sindical Lavradores Unidos"
abraços
Rita Peloso
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